sábado, 26 de janeiro de 2013

Bem Viver


No consolo, nos momentos mais tristes, nas alegrias mais constantes, eu já te vejo.
No sorriso de menina, nos conselhos de maturidade, eu já te espero.
Porque pra mim você é mais do que amiga, você é a irmã onde eu encontrei, nas penas e sossegos, um abrigo.

No seu sorriso eu quero descansar sempre, na sua risada eu já fiz minha vontade.
Quando eu estou com você é da felicidade simples que eu lembro.
Daquele bem querer natural, nos seus sorrisos de propaganda de margarina, é o que eu valorizo.
Dos momentos sóbrios, das viagens ébrias, minha vida já te lembra em tantos momentos.

Se eu falo que eu te amo, leva a sério. Você é o mais próximo que eu posso levar comigo pra sempre.
Porque meu coração já te espera no próximo começo, meio ou fim de semana,
eu já não penso em viver sem você, minha inspiração. O meu bem viver é contigo.

domingo, 13 de janeiro de 2013

O Amor


Conveniência, carência. Medo, preguiça.
Domínio, comodismo, esquecimento. Aprendizado, sexo.
Interesse, expectativa. Amizade, safadeza, apego. Troca.
Inveja, leviandade. Sonho, piedade. Esperança, saudade. Falta.
Obsessão, paixão, solidão, admiração, submissão, tesão. Solução, possessão. Pressão, não-saber-dizer-não.

Já vi e senti tanto esses nomes quanto tantos outros, mas verdadeiramente nenhum desses é amor.
Amor não é físico e se engana quem pensa que é mental. Amor não é a espera, mas também não é o arrepio da chegada. O amor não é o frio na barriga.
O amor é o sacrifício, é a doação, é sair do centro de si mesmo e caminhar rumo ao centro de outra pessoa. É essa disposição.

O amor é, na verdade, indefinível,  não nasce de nenhum manual. Por isso é "incondenável", não possui mácula, não há pecado quando se ama. O amor não é sentimento, é ação.
O amor é dor. É fogo, e como tal, esquenta e machuca, protege e ameaça. Tira do conforto. Por isso é eterno e, mais do que sobreviver ao tempo, sobrevive aos humores e até mesmo às pessoas.
Haja o que houver, no fundo o que deve sobrar é o amor. É o único ação que vale a pena até o fim.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Quebra-Cabeça


Respeito a sua natureza de pássaro livre, eu também sou assim. Não gosto de grades, prefiro janelas abertas.
Respeito essa sua malandragem, e ainda mais, admiro. Sorriso moleque, alma de bamba.
Mas respeite também o meu coração de carne. Sou menino, ainda choro. Aprenda desde já que eu me emociono com tudo, só de ver o mundo girar eu já emudeço.

Não quero que você mude. Sou eu que quero mudar.
Quero construir com você, conhecer suas manias, seu jeito, aprender suas gírias, suas histórias.
Se assim for, seremos um só. Carne, ossos, mentes, corações, sorrisos, dores, sonhos e conquistas.
E só vai me restar ser feliz quando eu te ter nos meus braços, porque a dor vai parecer tão inútil, irrisória, imprestável, ignorada.
Mas é agora. Agora tudo que eu preciso é do seu cafuné. "Preciso transfundir seu sangue pro meu coração que é tão vagabundo." Na solução do meu quebra-cabeça, só falta a sua peça.